Os 14 sinais para reconhecer o Autismo - Carla Ulliane

Os 14 sinais para reconhecer o Autismo

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Inicio esse post com o seguinte questionamento: Mas o que é o autismo? Bem, essa pergunta não é tão simples de ser respondida, devido a dificuldade em estabelecer uma definição e uma delimitação consensual das terminologias sobre ele. Segundo José Raimundo Facion, o autismo é considerado uma síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas, estes estão presentes desde o nascimento e se manifestam invariavelmente antes dos 3 anos de idade.

O autismo é caracterizado por alterações nas respostas frente a estímulos auditivos e/ou visuais, como também por problemas graves na compreensão da linguagem oral. Essas crianças demoram a falar e, quando isso acontece, podem apresentar ecolalia (repetição das palavras, podendo ser a última como a frase inteira), fazem uso inadequado de pronomes (não se referem a si mesmos como “eu” às vezes substituem por “ele”), apresentam uma estrutura gramatical bastante imatura e grande dificuldade em utilizar termos abstratos.

A criança com autismo não interageÉ observado também pouco interesse em construir relacionamentos interpessoais, pois os autistas não demonstram afeto pelas outras pessoas, evitam o contato, bem como apresentam dificuldades no desenvolvimento de habilidades sociais, especificamente na linguagem verbal e corporal (uso de gestos, expressões faciais etc). Vale ressaltar que esses problemas de interação social aparecem desde cedo, caracterizando-se por exemplo, por falta do contato olho a olho, jogos realizados em grupo, assim como ausência de contato físico, como: abraços e beijos.

As crianças com autismo podem apresentar um choro descontrolado em algumas situações inesperadas, como também dar gargalhadas, sorrisos e gritos de alegria sem uma causa aparente. É comum também não demonstrar medo do perigo, como por exemplo: altura, carros, fogo entre outros. Além de realizar movimentos corporais repetitivos denominados estereotipias, como: balançar o corpo, os braços e girar em torno de si.

Ao contrário do que muitos pensam ainda não existe nenhum exame que possa descobrir a sua origem, assim o diagnóstico é elaborado por intermédio da observação clínica de um conjunto de sintomas apresentados pela criança. Para a National Society for Autistic Children e a American Psychiatric Association, os sintomas devem englobar:

  • Alterações no ritmo do desenvolvimento e aquisição de habilidades físicas, sociais e de linguagem;
  • Respostas alteradas quanto aos sentidos (visão, audição, olfato, equilíbrio, dor e paladar), o modo como a criança equilibra o seu corpo por vezes é inusitado;
  • Ausência ou atraso na linguagem oral, apresenta interação limitada com pessoas, objetos, lugares ou fatos.

Logo abaixo, cito os 14 sintomas cardeais para o reconhecimento do Transtorno do Espectro Autista. Os principais sintomas são:

  1. Não interage com outras crianças;Criança autista reclamando do barulho
  2. Age como se fosse surdo;
  3. Resiste ao aprendizado;
  4. Não demonstra medo de perigos reais;
  5. Resiste a mudança de rotina;
  6. Usa as pessoas como ferramentas para conseguir o que desejam;
  7. Apresentam risos e movimentos corporais não apropriados (estereotipias);
  8. Resiste ao contato físico;
  9. Acentuada hiperatividade física;
  10. Não mantem contato visual;
  11. Apego não apropriado a objetos;
  12. Gira objetos de maneira bizarra e peculiar, por exemplo gosta de brincar com as rodas da bicicleta;
  13. Às vezes é agressivo e destrutivo;
  14. Modo de comportamento indiferente e arredio.

Caso a criança apresente pelo menos 5 desses sintomas de modo persistente e em idade inadequada, pode-se suspeitar da hipótese de autismo e a família deve buscar ajuda profissional, no caso um neuropediatra e, logo em seguida, as terapias especializadas, como a fonoaudiológica, psicológica e ocupacional, por exemplo. Neste post aqui, dou algumas dicas do que fazer caso seu filho seja diagnosticado.

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Fonoaudióloga e Mestre em Educação pela UFS, Carla Ulliane atende crianças autistas e com atrasos na aquisição da linguagem. Além de clinicar, presta serviços de consultoria em Educação Inclusiva e ajuda os pais a lidar com o peso do diagnóstico de autismo como Coach.

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